Artigo escrito por Evair Oenning*
Participe do nosso grupo no Whatsapp e receba informações em primeira mão!
A segunda edição da pesquisa Impacto do Covid-19 na economia catarinense, realizada pela Fiesc, Sebrae-SC e Fecomércio-SC, em maio, mostra que o impacto econômico sobre a atividade industrial causado pelas medidas de contenção à disseminação do Covid-19 já é de R$ 5,5 bilhões, o equivalente a 3,7% do PIB Industrial de Santa Catarina. A produção industrial registra uma retração de 29,3% e as vendas internas registraram queda de 31,8%, se comparadas ao mesmo período do ano anterior.
Entre as empresas pesquisadas, 32% responderam que, até o final do ano, haverá recuperação fraca com algum aumento de faturamento e/ou manutenção dos empregos. Para 27% haverá retração forte, com queda significativa de faturamento e/ou aumento de demissões e 20% acreditam em retração fraca com queda leve de faturamento e/ou manutenção de empregos. Apenas 9% estão confiantes em uma recuperação forte com aumento significativo de faturamento e/ou novas contratações.
Pelos números, vemos que os desafios das empresas para o segundo semestre são imensos, porque a pandemia continua, assim como seus efeitos para economia do país. Desde o começo da pandemia, as empresas precisaram mudar seu planejamento, reinventar seus processos e inovar. A maneira de se relacionar e de dividir os espaços laborais mudaram. Para evitar o contágio, novos hábitos foram adotados como uso de máscaras, produtos de higiene, regras de distanciamento e a rotina nas empresas, em muitos casos, foi substituída pelo home office. O comportamento da sociedade mudou e temos um “novo normal”.
Desde o começo da quarentena, a Fiesc teve atuação constante junto aos órgãos governamentais e às entidades de classe, na busca de soluções para mitigar os efeitos da crise causada pela pandemia do coronavírus. Uma dessas ações foi o Protocolo Corona, criado para ajudar a indústria a traçar um plano de ação para reduzir a propagação do vírus, com medidas como a adoção de equipamentos e sistemas adequados de proteção dos indivíduos, dos ambientes e da coletividade em geral, além da realização de testes e o monitoramento da saúde por meio de um software.
Recentemente a entidade criou o Programa Travessia, que tem o objetivo central de posicionar Santa Catarina como referência em desenvolvimento e crescimento sustentável. O programa está alicerçado em quatro objetivos principais que são: a reindustrialização e o fortalecimento da indústria, a atração de capital, o desenvolvimento da infraestrutura e o pacto social e institucional.
A nova rotina das empresas trouxe avanços, principalmente a aceleração da transformação digital, com a ampliação das vendas e-commerce e as reuniões virtuais nos mais diversos setores. Para continuar no mercado e manter o negócio, as empresas estão recorrendo a novas estratégias que possam garantir a retomada do desenvolvimento de Santa Catarina.
* Evair Oenning é fundador da Granaço e vice-presidente região Norte-Nordeste da FIESC.