Na manhã desta quinta-feira (13), o Ministério Público e a Polícia Civil de Santa Catarina, deram início à segunda fase na operação Et Pater Filium. Foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão. O prefeito de Major Vieira, Orildo Severgnini, está entre os presos. Orildo também é presidente da Federação Catarinense de Municípios (FECAM).
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As diligências envolveram a participação de trinta policiais, civis e militares, integrantes da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Canoinhas e do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), e foram realizadas nas cidades de Major Vieira, Papanduva e Monte Castelo, todas no planalto norte catarinense.
Esta segunda etapa da operação, deflagrada apenas 12 dias depois da primeira (31/7), investiga crimes de organização criminosa voltada para a prática de corrupção, fraude à licitação e lavagem de dinheiro. Na primeira fase foram apreendidos cheques e R$ 321.916,05 em dinheiro na casa do prefeito.
As apurações decorrem da atuação conjunta da Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina), por intermédio do Grupo Especial Anticorrupção (GEAC) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), com a Divisão de Investigação Criminal da Polícia Civil de Canoinhas.
Para possibilitar a efetividade das medidas de investigação, esta fase do processo tramita, por ora, em segredo de justiça. O filho de Orildo, Marcus Vinicius Severgnini e o irmão de Orildo, Dercilio Severgnini, também foram alvos da operação. (*havia a informação de que ambos também haviam sido presos, mas houve apenas buscas nas respectivas residências)
A expressão em latim – Et pater filium – remete ao fato de estarem associados para o cometimento dos atos de corrupção duas duplas de pai e filho, empresários, de um lado, e funcionários públicos, de outro.
Presidente envia carta de renúncia à Fecam
Na manhã desta quinta-feira (13), Orildo Severgnini enviou à Federação Catarinense de Municípios (FECAM) uma carta de renúncia à presidência. No documento, ele afirma que a atitude é um compromisso feito por ele em uma reunião realizada no dia 11 de agosto com o Conselho Político da entidade.
“O faço porque acredito na capacidade técnica da valorosa equipe que integra a FECAM e com a confiança de que o municipalismo catarinense se fortalecerá ainda mais com a superação dos desafios sem precedentes que se apresentam aos gestores públicos municipais neste segundo semestre”, disse por meio de nota.
A Fecam afirmou, também em nota, que estão sendo tomadas as medidas legais para acatar o pedido de renúncia.